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Vendinha do Tiozão do Vinil

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Os efeitos da música na reabilitação neurológica




Por Flávia Nogueira
Musicoterapeuta, musicista, regente
e professora de música
Autora do blog Música & Saúde






Já vimos na postagem anterior que a neuroplasticidade é a capacidade de alteração e adaptação do cérebro frente às experiências. Vimos também que a música, por sua natureza complexa e única, oferece ao cérebro elementos importantes nesse processo.

Se não viu. confira aqui: Quando a música faz mal

Com base nessas informações, o uso da música na reabilitação neurológica tem sido bastante pesquisado e utilizado em grandes hospitais e centros de reabilitação como AACD e Hospital São Paulo/UNIFESP.

A música envolve a transformação dos estímulos sonoros em fenômenos elétricos e químicos, os únicos que podem circular no interior do cérebro. O ouvido capta o som, que faz vibrar os tímpanos dando início a fenômenos fisiológicos que passam pelas vias nervosas acústicas, as quais modificam suas qualidades físicas e químicas, devido a intervenção de vários agentes inter-cerebrais, até chegar às estruturas centrais, que percebem consciente ou inconscientemente os sons musicais.



“A partir do modo como o cérebro organiza-se para processar a música, a musicalidade parece ser uma função integradora, uma função que coordena outras funções ou que as enriquece e, ainda, uma função capaz de colocar o meio cerebral em movimento, em fluxo, pois para processar a música formam-se diversas cadeias neurais e ativam-se diferentes centros trabalhando em conjunto” (QUEIROZ, 2003)

De acordo com a citação acima, o processamento da música ativa diversos centros neurais, atuando de maneira efetiva no cérebro, e consequentemente, colaborando na reabilitação de lesões diversas, tais como traumatismos e acidentes crânio encefálicos. (TCEs e AVEs)

Porém, o uso da música na reabilitação neural, deve ser realizado por um profissional habilitado para tal. A música por si só, embora possua efeitos terapêuticos, não é capaz de agir como uma terapia em si. O profissional utiliza-se do potencial da música para alcançar objetivos terapêuticos duradouros. Caso contrário, a música utilizada em situações extremas pode exercer um efeito relaxante, porém passageiro, não cabendo como uso em reabilitação.

O profissional habilitado é o musicoterapeuta graduado.



2 comentários:

  1. Os efeitos da música em nosso corpo é sempre um assunto que me chama muito a atenção, especialmente quando se trata de reabilitação psicomotora e/ou musicoterapia. Inclusive já fiz alguns episódios no meu canal sobre o assunto. Vou deixar aqui de indicação um ep que falei sobre o doc. Alive Inside: https://www.youtube.com/watch?v=mwsEUfYsiFQ&t=15s

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    1. Obrigado Eric, vou conferir sim! Se aprofundar nesses assuntos sempre me interessa!
      Caso vc queira maiores detalhes sobre a Musicoterapia, te indico o blog da minha esposa Flávia, chama Música e Saúde, olha o link: https://musicasaude.blogspot.com.br/

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