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Vendinha do Tiozão do Vinil

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Você realmente gosta de música?

Foto da internet
A pergunta do título pode parecer tola, mas acho que cabe uma reflexão. Acredito que podemos apreciar música de duas formas:

1 – Pelo que ela nos causa
Na maioria das vezes que procuramos ouvir música, buscamos os efeitos que ela nos causa, por exemplo: quando saímos para dançar, queremos ouvir músicas que nos compelem à dança como um ritmo animado ou uma balada romântica, isso nos coloca “no clima” e, em geral nos traz prazer. Quando vamos à igreja, precisamos de músicas que nos coloquem em uma espécie de transe, pois nos dá a sensação de estarmos em contato com o divino. Em casos mais corriqueiros, utilizamos a música na tentativa de mudar nosso humor ou potencializá-lo, como nos casos em que ouvimos uma música alegre quando estamos, ou quando queremos ficar alegres.

Dessa forma, música boa é simplesmente aquela de que gostamos, e gosto não se discute. Sem contar que gosto nada mais é do que uma questão de costume e a mídia, sabedora disto, molda o gosto da população em geral ao seu bel prazer, forçando audições constantes de gêneros e artistas específicos.

Existem atualmente até estudos avançados sobre os efeitos da música e terapias que a utilizam como matéria-prima em suas seções, é o caso da Musicoterapia por exemplo.

Mas aí será que estamos apreciando música ou estamos apenas utilizando seus benefícios?

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2 – Por ela em si
A música é uma forma de arte e por si só pode ser apreciada. Os livros de teoria musical dizem que “música é a arte de bem combinar os sons” e que sua principal função é a “expressão de sentimentos”. Reparem que não há restrições de sentimentos, ou seja, podem ser tanto bons quanto ruins.

Para apreciar a música dessa forma, devemos saber como ela é de fato, ou seja, sua estruturação, intenção, expressão, interpretação, etc. Não é obrigado, para isso, ter tanta erudição; muito pode ser percebido de forma empírica e por sensibilidades. Sem dúvida que o conhecimento na área amplia ainda mais essa percepção, mas não é o principal. Portanto, não conseguiremos atingir esse nível de apreciação com atividades paralelas. Por exemplo: quando lemos um livro, não podemos estar com a cabeça em outro lugar como na louça, na conversa com amigos, na balada, etc.; pois assim não entenderemos nada do que estamos lendo. Com a música é da mesma forma.

Nesse caso, música boa é aquela que tem qualidade, o gosto pouco importa. A qualidade é discutível sim e é baseada na análise e na percepção. O fato de gostarmos dela ou não, jamais tirará sua qualidade, só tornará mais ou menos agradável a experiência de ouvi-la.

Meu objetivo nesse texto não é dizer que uma forma é melhor que a outra, apenas dizer que existem outras maneiras de apreciar a música e que não precisamos abrir mão de nenhuma delas.

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O universo musical é bem mais amplo do que o que a mídia nos mostra ou o que nos limita nosso gosto pessoal!

*Publicado originalmente em 11/03/2010

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